quarta-feira, 23 de junho de 2010


CUIDADO PARA NÃO SERMOS
OS JUIZES DE DEUS...

Texto fora do contexto é pretexto para heresia...

Bem, antes de falar acerca do assunto, falarei de mim e meu contexto... Trabalhei por mais de 7 anos nesta área e fui sócio de um Studio em BH. Trabalhei como piercer e “body modi”, e sendo assim estou totalmente inserido no mundo da tatuagem e do piercing. As tattoo’s e piercings que tenho foram feitas após a minha conversão e todas as tattoo’s têm um significado pra mim que denota a minha fé.

Afirmo que o corpo é templo do Espírito Santo, uma verdade inquestionável... Só que o texto (I Co 6:19) fala de prostituição, de profanar o templo de Deus com o pecado, e não faz nenhuma alusão a qualquer coisa que lembre tatuagens, piercings, comer pimenta, fazer uma maquiagem definitiva ou outra coisa que agrida a pele ou qualquer outra parte do corpo.

Acredito que Deus possa falar ao coração de uma pessoa acerca de tatuagens e piercing’s, com o propósito da mesma não a fazer, ou até mesmo retirar as que têm, não duvido, porém não podemos esquecer que Deus trata com cada um de forma pessoal. Os planos d'Ele para a vida de uma determinada pessoa não são os mesmos para minha, e ambos podemos fazer a vontade d’Ele. Deus não faz acepção de pessoas, e exatamente por este motivo, uma pessoa que tenha os itens relacionados a este estudo, podem ser alcançadas pela mesma graça redentora. Rebeldia é algo muito mais complexo do que tatuagem e/ou piercing. Desrespeitar os pais, não amar seu próximo, julgar as pessoas pela aparência, com certeza é rebeldia.

Antes da época de Jesus, piercing’s e tattoo’s já existiam (Gn 24:22 e 47). Se "pendente de nariz" não é uma perfuração, então não sei mais o que é.

Poderemos ser a imagem de Jesus a partir do momento que vivermos o que Ele viveu, cumprirmos Seus designos e vontades, olhando as pessoas como Ele olhou, sem preconceitos e verdades pessoais, mas cheio de bondade, amor e as "boas novas do evangelho".

O que fazer?

O que a Bíblia fala: Se sua consciência (cristã, é claro) te condena, não faça. Sou membro da Caverna de Adulão, um ministério que trabalha TAMBÉM com pessoas que usam um visual “diferente”, tatuagens e piercings; pra mim, é uma questão cultural, é algo que gosto e que Deus nunca me cobrou.

PIERCINGS, EVANGELHO E CULTURA.   *1

Piercings estão cada vez mais comuns em nossos dias. Algo que há menos uma década era olhado com reprovação e preconceito, é hoje visto em homens, mulheres, jovens e até crianças. Se a sociedade parece estar aceitando esses adereços cada vez com mais naturalidade, os cristãos parecem confusos a respeito. Afinal de contas, a questão da aparência ainda é assunto de grande discussão e controvérsia em muitos círculos evangélicos.

A primeira coisa que precisamos ter em mente quando o assunto é aparência pessoal, é que se trata de algo que muda com o tempo e com o lugar. Usos e costumes estão diretamente ligados à cultura.

Basicamente uma cultura é formada por três elementos: cosmovisão (a maneira como um povo vê o mundo), sistema de valores (o importante para aquele povo) e normas de conduta (o modo como um povo se comporta, e isso dizem respeito tanto à vestimenta, como ao modo de se relacionar com os outros, etc.).

Culturas são diferentes de acordo com sua cosmovisão, valores e normas de conduta. Arrotar em público após uma refeição é totalmente aceitável (e até louvável) em certas culturas, e repugnante em outras. Uma mulher com os seios à mostra é normal em muitos países da África (onde a mesma mulher não pode exibir as pernas acima do tornozelo) enquanto que o mesmo é obsceno em outras partes do mundo. Beijar na boca em público é normal aqui no Brasil, mas pode levar alguém à cadeia em certos países islâmicos. Nestes mesmos países islâmicos, um homem não pode andar de mãos dadas com sua esposa, mas pode andar de mãos dadas com outro homem. No Ocidente tal prática evoca idéias de homossexualismo. E por aí vai. Todas essas coisas são formas de expressão cultural. Podem ser um insulto ou algo escandaloso para os de fora (que não fazem parte da cultura), mas não são necessariamente erradas para quem é daquela cultura.

O fato é que nenhuma cultura é totalmente igual à outra e nenhuma está acima da outra. João viu no céu povos de todas as tribos, raças, línguas e nações (grupos étnicos). Todas as culturas possuem elementos que precisam ser valorizados e outros que precisam ser transformados pelo Evangelho.
Sendo a aparência pessoal é uma questão de expressão cultural, esta aparência também muda de acordo com a cultura. Pinturas na face e no corpo estão presentes em diversas culturas. Na Polinésia, os nativos usam a tatuagem para escrever sua história familiar no corpo. A tatuagem e o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam piercing, brincos e outras formas de alteração do corpo (body modification ou simplesmente body modi).

O problema é que o mundo está ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais uma aldeia global. Esta globalização faz com que certos costumes que antes só eram vistos em algumas culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a se tornar moda em todo o mundo. A tatuagem de henna é um exemplo recente desta realidade.

E quem são os responsáveis pelo lançamento da moda em nosso mundo? Os meios de comunicação em massa, que muitas vezes mostram artistas, músicos e cantores usando determinada roupa, adereço, estilos diferentes muitas vezes copiados por nós, ou porque não dizer, copiados de nós. Isto mesmo!!!

Citando dois exemplo: Os Rapper’s americanos não inventaram um estilo de roupa e ornamentos, eles já existiam, porém foram popularizados pela mídia. A popularização de alguns costumes orientais no Ocidente teve forte influência dos Beatles, quando estavam em sua fase “Flower and Power”. Muitas das batas, camisões e pantalonas que vemos hoje em nossas ruas, praças, e até na igreja, foram uma influência direta da que é chamada a “maior banda de todos os tempos”, porém, são “politicamente aceitas” por muitas de nossas lideranças.

A popularização do piercing foi em 1993 com o vídeo clipe "Cryin", do Aerosmith, onde Alicia Silverstone apareceu com um piercing no umbigo. Uma banda de rock, uma balada romântica, uma jovem atriz linda. Elementos essenciais para fazer a moda pop ou cultura pop, que nada mais é do que uma mistura de culturas e costumes do mundo pós-moderno.

Leornard Sweet, professor metodista e um dos mais interessantes pensadores cristãos de nossa época, comenta sobre tatuagens e piercings em seu e-book recente "The Dawn Mistaken For Dusk". Ele diz que, a razão pela qual "body modi" é o assunto nº.1 nas listas de discussões e bate-papos de jovens cristãos com menos de 30 anos nos EUA, é pelo fato disto fazer parte da cultura jovem pós-moderna atual (e quase global), uma cultura onde a imagem é altamente valorizada.

A ironia disso tudo é que cirurgias plásticas e implante de silicone são coisas cada vez mais aceitas pelos cristãos modernos. Tem personalidades famosas do mundo evangélico brasileiro com o corpo siliconado. Todavia, como diz Sweet, "Cirurgia plástica é uma forma severa de alteração do corpo. Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?”.

Na Bíblia lemos à história de Isaque que deu a Rebeca uma argola de seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing) e, após fazer isto, ajoelhou-se para adorar a Deus. Penso que se o primeiro ato fosse pecado ou considerado pagão, então Isaque não teria adorado a Deus em seguida.

No livro de Êxodo, percebemos que as mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo. Novamente, não penso que Deus aceitaria de seu povo ofertas que representassem costumes pagãos.

O texto mais intrigante para mim se encontra em Ez 16.11-12: “Também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça” (ARA), onde o próprio Deus diz que adornou Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as orelhas. Ao que parece, tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.

Uma vez que a Bíblia parece não condenar o uso de piercing, por que deveríamos nós?

Nosso desafio não é condenar, mas orientar as pessoas (principalmente os jovens) para os riscos que existem em fazer estas coisas sem uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde.

A pessoa está consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e "efeitos colaterais" diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem deixar marcas para o resto da vida? Mais ainda, precisamos falar sobre questões de identidade, valor pessoal e auto-imagem. Pois são estas as questões mais importantes para quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica no nariz, implantar silicone, colocar um piercing ou fazer uma tatuagem.

TATUAGEM
EXEGÊSE E HERMENÊUTICA *2


Podemos perceber que a palavra tatuagem tem sido muitas vezes tratada de forma repugnante no meio cristão, mas nem sempre é explicado o porquê.

O propósito deste estudo é analisar a palavra utilizando o contexto em que ela foi empregado para assim, compreendermos o seu emprego nas Escrituras.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

Lv 19:27-28 – “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão sua carne. Santos serão ao seu Deus e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem ofertas queimadas do SENHOR. Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR.”

Dt 14:1-2 – “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus; não vos darei golpes, nem sobre a testa fareis calva por causa de algum morto”. Porque sois povo santo do SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.


ANÁLISE DOS VERSÍCULOS

- Não ferireis a vossa carne. -
Essa é uma proibição contra as mutilações. Muitos povos pagãos lamentavam-se desse modo pelos mortos. Quem lamentava por um morto cortava-se como se fosse um sinal de consternação pela morte de um parente ou amigo, pensando que isso adicionava algo à sinceridade de sua lamentação. Tais atos eram estritamente proibidos em Israel. (Jr 16:6, 41:5; Lv 21:5 e Dt 14:21).

- Nem fareis marca nenhuma sobre vós.
A tatuagem era praticada entre várias nações antigas, algumas vezes em conexão com as práticas da idolatria. Figuras, marcas ou letras eram tatuadas sobre a pele mediante a injeção de tintas na epiderme. Queimar com ferro em brasa era outra maneira de tatuar. Um escravo tinha a marca de seu proprietário impresso sobre ele; as prostitutas também eram assim marcadas; palavras sagradas eram tatuadas na pele dos adoradores pagãos.

- Eu sou o Senhor.
Essa forma, como aquela mais completa, “eu sou o Senhor teu Deus”, assinala divisões no livro de Levítico, o que acontece por dezesseis vezes, só neste capítulo dezenove de Levítico.

Formar os cabelos em curva redonda nas têmporas e na barba, ou a incisão de padrões na pele faziam parte das práticas pagãs de luto, e, como tais, eram proibidas. Desfigurar a pele, que provavelmente incluísse alguns emblemas das divindades pagãs, desonrava a imagem divina de Deus. A perda de um ente querido devia ser aceita como parte da vontade de Deus para a vida do indivíduo, e nenhuma tentativa deveria ser feita para propiciar o falecido de qualquer maneira.

ANÁLISE LEXOGRÁFICA

Esta palavra portuguesa vem do Taitiano “tatau”, a reduplicação da palavra “ta”, que significa “marca”, “sinal”. Está em foco, uma marca indelével, feita mediante técnicas próprias, picando a pele e inserindo algum pigmento sob a mesma. Embora, provavelmente, não haja nenhuma alusão direta à técnica da tatuagem nas páginas da Bíblia, essa tem sido considerada uma interpretação possível em três situações aludidas na Bíblia, a saber:

1. Oth – sinal

Palavra usada por setenta e nove vezes no Antigo Testamento, conforme se vê, por exemplo, em Gn. 1.14; 4.15; Ex. 4.8,9, 17, 28,30; Nm. 14.11; Dt. 4.34; 6.8,22; Js. 4.6; Jz. 6.17; I Sm. 2.34; II Rs. 19.29; Ne. 9.10; Sl. 74.4,9; Is. 7.11,14; 8.17; Jr. 10.2; Ez. 4.3; 20.12,20.

O termo Grego correspondente é semeîon - sinal -, usado por quarenta e oito vezes, conforme se vê, por exemplo, em: Mt. 12.38; Lc. 2.12; Jô. 2.18; At. 2.19, 22, 43; Rm. 4.11; I Co. 1.22; II Co. 12.12; II Ts. 2.9; Hb. 2.4; Ap. 15.1.

2. Chaqaq - gravação, cavar

Com esse sentido, é usada por duas vezes: Is. 22.16 e 49.16. Na última dessas referências, a idéia é que, gravando os nomes de Seu povo em Sua mão, jamais se esqueceria deles.

3.Seret - incisão, corte

Essa palavra só aparece em Lv. 19.28, onde se lê: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR”. O termo Seret é traduzido ali como ferireis. Isto pode até parecer uma clara proibição do uso de tatuagens, entre os judeus.

Alguns tem pensado que o trecho de Lv 19.28, sem dúvida, alude à prática da tatuagem. Mas, embora algumas versões estrangeiras tenham traduzido o vocábulo hebraico seret, ali usado, como tatuar, os estudos feitos quanto aos costumes de lamentação e luto pelos mortos indicam freqüentes associações de cortes feitos no corpo ou pinturas, com o raspar dos cabelos, mas nunca com tatuagens, que se revestem de outro sentido. Por semelhante modo, qualquer situação retratada nas Escrituras que possa ser interpretada como indício da prática das tatuagens tem base meramente conjectural, e não se escuda sobre qualquer inferência etimológica ou etnológica.

Ao usar hoje esse texto do Antigo Testamento, muitos caem em desobediência pelo fato inocente de raspar a barba para se apresentar em um emprego, cortar o cabelo ou raspa a cabeça em comemoração por ter passado no vestibular. Ao contrário, se formos nos ligar as leis cerimoniais do Antigo Testamento, quanto maior a consagração, maior terá que ser o tamanho do cabelo e da barba, conforme a consagração dos nazireus e dos sacerdotes (Lv 21:5; Jz 6:5; 13:5; 16:17; I Sm 1:11). Mas nós sabemos que esses detalhes da lei cerimonial do Antigo Testamento não são pertinentes para os dias de hoje, para os que vivem pela graça e debaixo das orientações do Novo Testamento.

Sandro Baggio diz que os que não aceitam a tatuagem também teriam que ser automaticamente proibidos de comer carne de coelho, porco, camarão, lagosta, ostras, e moluscos, misturar raças de gado, misturar linho com lã, raspar ou aparar a barba (Lv 11:6-7; 11:10-12; 19:19e27). Então, se você alguma vez comeu um sanduíche de porco, comeu lagosta, aparou a barba, usou uma roupa de linho forrada com lã – ou fez uma tatuagem, você é culpado sobre a lei!

Se a tatuagem começa num contexto secular, (como certos costumes que começaram neste contexto e, com o passar do tempo são naturalmente usados. Exemplo: Soltar fogos de artifício em celebrações, quando a pólvora foi descoberta pelos chineses com finalidade de exorcizar os maus espíritos; o uso da palavra coitado que originalmente tem seu sentido em coito, quando os senhores de engenho acoitavam as meninas que entravam na fase adulta) cabe a nós resgatar a tatuagem de seu contexto secular e usá-la para a glória de Deus.

A ORIGEM DO PRECONCEITO


O preconceito contra a tatuagem tem sua origem na Idade Média, quando a Inquisição perseguia brutalmente, prendia e queimava na fogueira qualquer pessoa que portasse uma cicatriz, marcas de nascença, mancha na pele, uma deformação física qualquer, desenho ou tatuagem, sendo acusada de bruxaria e de ter pacto com o demônio. Hoje em dia, os reflexos dessa perseguição religiosa se revelam na perseguição social, onde o preconceito faz com que as pessoas que se tatuam sejam discriminadas e sejam vistas como nocivas à sociedade. No entanto, esse pensamento tem mudado nos últimos tempos, quando hoje se vê pessoas de faixas etárias diferentes, de variadas profissões e classes sociais diversificadas como artistas, designers, executivos, publicitários e cristãos sinceros de todos os níveis portando tatuagens.

Infelizmente, a história tem mostrado que a Igreja, que ao se propor a ser uma contracultura através das eras, e que deveria estar acima dos padrões, valores e ideologias da sociedade, no entanto, tem se curvado às tendências políticas e às imposições que a sociedade impõe, deixando-se desfigurar e perder a força de seu desiderato profético, se tornando conivente e absolutamente omissa diante de aberrações cometidas por líderes megalomaníacos, de injustiças sociais e atrocidades impetradas por regimes totalitaristas como foi o caso do nazismo na Alemanha e Itália, do racismo nos Estados Unidos, e do regime militar no Brasil. E é com pesar se pensar que a igreja evangélica tenha herdado do catolicismo romano o preconceito contra a tatuagem perpetuada na idade média, e hoje mantenha esse preconceito contra o uso de tatuagem e contra quem quer que seja diferente do padrão burguês que a sociedade impôs à igreja e lamentavelmente ela aceitou, ficando amarrada à camisa de força do preconceito que drena o amor e represa sua ação diante do mundo.

TATUAGEM À SERVIÇO DO REINO



Existem vários ministérios direcionados as tribos urbanas que visam à conversão dos undergrounds e usam a tatuagem como gancho de evangelismo, tais como: A Caverna de Adulão, Ministério Bola e Neve, Base Avalanche, Ministério Ágape, Comunidade Sal da Terra, Comunidade S8, Projeto 242, Movimento Gerações Emergentes da AD2010, Tribal Generation, Survivor, o ministério CTA (Christian Tattoo Association) que é liderado por tatuadores cristãos e utilizam a tatuagem como ponte de evangelização. A CTA tem os seguintes propósitos:

1. Pregar o Evangelho para artistas tatuadores e entusiastas através de impressos, testemunho pessoal, workshops e promover encontros com grupos pequenos em eventos locais e convenções nacionais.

2. Promover saúde e assuntos de segurança no campo da tatuagem e encorajar estandartes morais e profissionais na indústria das tatuagens. Mas seu objetivo principal é pregar o evangelho àqueles no mundo da tatuagem primariamente através de evangelismo pessoal.

CONCLUSÃO

A tatuagem, assim como a edificação de cidades, a música e a indústria são subprodutos do contexto secular pós-queda. A Bíblia não condena marcar o corpo com uma tatuagem (quando esta, não está ligada a rituais satânicos, à sensualidade ou à violência)

Nos comentários das Bíblias de Estudo de Genebra e Plenitude, apenas relatam o fato de não marcarem o corpo com mutilações por causa dos mortos, não referindo diretamente à prática de Tatuagem.

Contudo observando historicamente as práticas de outras nações, o povo de Israel é advertido a não praticar tais atos para que não fossem confundidos, e por tais atos estarem diretamente ligados à idolatria e à prostituição.

No âmbito geral da situação, percebemos que isso era uma prática cultural, não transcendendo, em alguns casos, aos dias de hoje.

É importante lembrar, que não devemos ser escândalo para nossos irmãos:

Rm 14:13 - “Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão”.

II Co 6: 3 - “... não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.

A prática da tatuagem nos dias de hoje tem sido uma forma de expressão por parte de muitos jovens. Ao contrário dos tempos em que Israel foi advertido, a tatuagem hoje tem um sentido bem diferente. Isso não isenta algumas culturas de praticarem o ato como forma de idolatria, mas no Brasil o sentido tem sido apenas uma forma de expressão.

Meu comentário pessoal e crítico sobre o assunto é que a tatuagem não impede a pessoa de ter um relacionamento intimo com o Senhor, porém deve-se observar alguns pontos antes de se fazer uma tatuagem.

Devemos antes de tudo preservar a santidade, no que se diz respeito ao corpo e o fato de que podemos estar servindo de motivo de escândalo e zombaria de outrem.

Penso que o evangelho de alguns se tornou muitíssimo frágil, quase um paganismo dualista esotérico, por entenderem que uma simples tatuagem venha a ser porta para entrada de demônios. Outros dizem, influenciados por pressupostos da idade Média, que é a marca da besta. Outros asseveram que fazer tatuagens é profanar o templo do Espírito Santo. Essa fragilidade de fé gera um evangelho legalista, que torna a salvação totalmente vulnerável, por entender que pequenas falhas, pecados e deslizes, ou mesmo se distrair, ler um romance, ir ao cinema, buscar cultura, gostar de arte e aplicar um piercing ou uma tatuagem são motivos suficientes para levá-las ao inferno, ou no mínimo, motivo para se desconfiar da espiritualidade delas, pelo simples fato de serem diferentes.

Quem assim crê não conhece as fraquezas peculiares dos servos de Deus que estão abertamente registradas nas Escrituras, suas personalidades diversificadas, não conhecendo a extensão da Graça de Deus e o alcance da Obra de Cristo na cruz do Calvário. Estes, por sua fragilidade de fé, ficam constantemente apavorados por ameaças do inferno, e por nunca terem estudado as Escrituras e se apropriado de Suas promessas, vivem amedrontados, acuados pelos demônios e acossados por seus próprios fantasmas interiores. Oro para que tenham a visão de que quem está em Cristo é trabalhado a cada dia para ser conforme a imagem de Cristo, tendo sido salvo, justificado, santificado e já glorificado aos olhos de Deus (Rm 8:29,30), marcado para a vida, separado e absolutamente protegido por seu precioso sangue (Rm 8:31-39; II Tm 4:18) e catapultado para a vida eterna deste antes da fundação do mundo (Mt 25:34; Ef1:4; Ap 17:8).

Todas as palavras acima também são cabíveis ao uso de Body Piercing, Cirurgias Plásticas, Lipoaspirações e qualquer tipo de dilaceração do corpo que não seja necessário à saúde. Sendo assim, toda forma de dilaceração que não há envolvimento com os rituais pagãos não se encaixam em Lv. 19:28 - Texto esse que muitos tomam como base para proibirem a tatuagem.


Apenas um pequeno comentário acerca de um erro de exegese ocorrido por quem defende o uso de tatuagens, mostrando assim que uma tradução mal feita do texto, deixa margem para erros de ambas as partes:

Apocalipse 19:16: “No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.”

Em algumas versões, o termo “escrito o nome” é trocado por tatuado.

Vamos quebrar a frase:

Sintaticamente, temos o seguinte:

- Sujeito da Frase: Coxa
- Objeto Direto da Frase: Nome
- Vocativo referente ao sujeito: No Manto

Por definição temos que vocativo é:
"...É uma referência à 2ª pessoa, um apelo, um chamado, e é usado para o nome que identifica a pessoa (animal, objeto etc.) a quem se dirige e/ou ocasionalmente os determinantes de tal nome. Uma expressão vocativa é uma expressão de referência direta, em que a identidade da parte a quem se fala é expressamente declarada dentro de uma oração..." (Wikipedia)

Portanto, o que quer dizer na frase não é que o nome esteja tatuado na coxa, mas sim escrito no Manto na altura da coxa.

Vamos ao original em Latim:
19:16 - et habet in vestimento et in femore suo scriptum rex regum et Dominus dominantium.

Ressalto que o verbo empregado é SCRIPTUM, ou seja, escrito!!! Para que seja tatuado, o verbo a ser utilizado deveria ser PINGERE, ou seja:

19:16 - et habet in vestimento et in femore suo pingerum rex regum et Dominus dominantium.

Em Grego temos:

19:16 - kai ecei epi to imation kai epi ton mhron autou to onoma graphammenon basileuV basilewn kai kurioV kuriwn.

O verbo “escrever” em grego é: graphon; já o verbo “tatuar” em grego é: prosanagrapheia.

O QUE É ESCANDALIZAR???


Alguns preferem adotar uma postura mais defensiva sobre o assunto sem se aprofundar demais em debates, dizendo que tais adereços devem na verdade ser evitados porque é "escândalo".

Não devemos "escandalizar". Mas o que é "escândalo"?

Jesus disse que "é impossível que não venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos." (Lucas 17:1,2).

A conclusão lógica a que chegamos então é que se eu uso um visual diferente do resto da massa e alguém me vê e se "escandaliza" (no sentido que eles dão à palavra), então, de acordo com o versículo, seria melhor que alguém amarrasse uma pedra de moinho no meu pescoço e me jogasse no mar.

Será isso que Jesus quis dizer? Creio que não.

A palavra "escândalo" no grego é "skándalon" (de onde se derivou a palavra portuguesa escândalo) e significa tropeço ou armadilha, símbolo daquilo que incita ao pecado ou à perda da fé.

Escândalo é todo ensino, palavra, obra ou omissão que incita o outro a pecar.

Um visual underground por si só não é escândalo no sentido bíblico do termo. Escândalo seria, em nosso caso, o exemplo citado anteriormente neste texto em que uma mulher é levada a usar um piercing no umbigo apenas por uma motivação luxuriosa. Agindo assim, ela voluntariamente poderia despertar em outras pessoas desejo sexual por estar expondo determinada parte de seu corpo, ou seja, poderia estar incitando alguém a pecar. De outra forma, não é escândalo.

Particularmente, conheço muitas mulheres (não cristãs inclusive) que têm piercing no umbigo mas que nunca vi usando uma blusa que o expusesse; dizem que o usam simplesmente porque gostam. Não há problema algum nisso.

Quando os setenta (ou 72, há dúvidas) tradutores do Velho Testamento para a língua grega (a Septuaginta), por ordem e encomenda de Ptolomeu II, encontraram um termo hebraico que se referia ao comportamento que levava a uma "queda" moral - o que não tinha exata tradução - socorreram-se da palavra grega clássica skandalon, "obstáculo", algo que causava um tropeço. Uma pedra no meio do caminho, por exemplo, era skandalon. Fossem paisagens tropicais, skandalon podia ser uma simples casca de banana.

A palavra passou-se depois para a Bíblia latina, a Vulgata, onde se encontra, em várias passagens, a palavra scandalum. O sentido moderno de "escândalo" evoluiu, e não é mais só a causa de uma queda; é também o seu efeito público. Por outro lado: se dissermos ser salutar evitar um escândalo, soaremos... óbvios.

Óbvio? Pois ÓBVIO é - na raiz - precisamente isso, "o obstáculo evitado", já que é formação latina de ob-, "em direção a" + viam, "caminho", estrada", donde o "óbvio" ser um caminho livre, é claro! [Francês medieval SCANDALE, "causa de pecado" < Latim SCANDALUM, "pedra de tropeço", "obstáculo", "tentação" <  Grego SKANDALON, mesmo sentido.]

A raiz etimológica de "escândalo" é "matar a fé". Muito parecida com apostasia...

Vemos em varias passagens do NT, Jesus questionando o pseudo-escândalo dos religiosos para com seus atos, e até onde sei, Jesus nunca matou a fé de ninguém...

Uma grande confusão é formada quando se fala de escândalo, pois a palavra é muitas vezes confundida com contraposição. O que eu não concordo, muitas vezes me choca, me constrange, mas nem sempre me escandaliza, no sentido real da palavra.

Vc ver um filme na “sessão da Tarde”, onde mostra nudez, certamente te deixará indignado, mas isto com certeza não fará vc deixar de congregar, nem te induzir a apostatar da fé, a não ser que realmente vc não tenha fé nenhuma, e sendo assim, não fará grande diferença.

Que pessoas escadalizariamos??? Nos referimos a cristãos ou não cristãos???

Se o sentido é para os cristãos, como disse acima, o conceito de escândalo é "matar a fé", e não apenas gerar uma polêmica, um espanto... A pessoa que morre na fé, me desculpe a sinceridade, nunca foi cristã... Apostasia é um ato dos que acham que são, e não dos que realmente são alcançados pela Graça.

Agora, se nos referimos a não cristãos, uma pessoa que perde ser tempo vendo BBB e acha legal; que vê as cenas de nudez que passam em nossas televisões em filmes de "Sessão da Tarde", e mesmo que pseudo-indignadas não fazem nada e continuam vendo; que deixam seus filhos ver "Malhação", onde a virgindade é mostrada como caretice e banalidade; que consideram o Roberto Jeferson um herói porque denunciou o esquema do "Mensalão" (o qual ele fazia parte); que sonegam impostos e mentem em suas declarações; que aceitam seus filhos levarem seus namorados em suas casas e ficarem trancados no quarto 3 horas seguidas; será que realmente podemos acreditar que estas pessoas vão se escandalizar com uma "Estrela de Davi" tatuada no ombro de uma guria???

COM RELAÇÃO À SENSUALIDADE E VAIDADE...


Bom, na grande maioria das vezes, o piercing, a tatuagem, a maquiagem, a cirurgia plástica tem caráter puramente estético.

A sensualidade não está no piercing ou tatuagem que uma determinada pessoa possa estar usando, independente do lugar, mas está na pessoa.

Existem pessoas tão "sem sal" que mesmo esta usando a roupa mais decotada do mundo, um piercing do tamanho de um puxador de cortina, ela continua "apagada". De contra partida, existem mulheres e homens, que independente de acessórios, chamam a atenção para si quase que naturalmente.

Dentro de nosso contexto evangelical, acho que o melhor a se pensar é o porquê de você querer usar um piercing ou uma tatuagem, independente de qualquer outra coisa.

Claro que as tatuagens que tenho e os piercings que coloquei estão ligados a não apenas meu estilo de vida, mas também a questões estéticas, o problema é deixar este lado tomar conta de você e te controlar.

Uma pessoa que não usa "nada", pode ser muito mais vaidoso que eu, por exemplo (este "nada" acima esta diretamente ligado ao fato de não ter nenhuma tatuagem ou piercing, mas usar um terno "Armani", uma Gravata “Louis Vuitton”, uma caneta “Mont Blanc”, Cuecas “Christian Dior” ou mesmo um relógio “Tag Heuer”).


Vaidade é tudo aquilo que toma o espaço de Deus em nossa vida, o vazio completado pelo vazio.

Alguém pode aparentar ser “a pessoa mais humilde de mundo”, e usar desta sua "humildade" para se alto promover, mostrando as demais que é mais humilde que elas (soberba). Estranho, né??? Mas, infelizmente, real.

Fiz esta ressalva, a fim de deixar claro o meu ponto de vista acerca da sensualidade.

Em um site “Gospel” (porque protestante e/ou evangelical não é e nunca será...), li certa vez que para cada piercing que uma determinada pessoa aplica, a mesma consequentemente "abre brechas" para um determinado demônio atuar em sua vida:

Nariz - significa “domínio”;
Sobrancelhas – “aprisionamento da mente”;
Orelhas “aprisionamento em áreas específicas”;
Umbigo – “males digestivos”;
Lábios – “domínio da fala”;
Genitais – “prostituição”.

Será que os cravos colocados em nosso salvador abriram brechas para demônios no momento da crucificação???

Isto é ridículo, patético e sem nenhuma base hermenêutica nem exegética. Nada disto é mencionado na bíblia.

Qual a fonte então??? Algum demônio disse, pois se está for à fonte, menos crédito devemos dar, pois é sabido de todos que ele é o "Pai da Mentira".

Entristece-me saber que a falta de sinceridade, de conhecimento teológico e em casos extremos, de caráter em alguns ministérios, faz com que mentiras sejam ensinadas a pessoas simples, única e simplesmente por medo de se perder o controle das mesmas que ali congregam ou de ser criticado por pessoas religiosas e cheias de si, mas com muito pouco de Deus...

...e o pior, comprova a carência de bíblia e a falta de sabedoria de muitos evangelicalistas.


PROIBIR É MAIS FÁCIL QUE ENSINAR...


Deus nos abençoe muito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • CHAMPLIM, RUSSEL N. - Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. - Ed. Hagnus.
  • CHAMPLIM, RUSSEL N. - Enciclopédia da Bíblia Teologia e Filosofia - Vol. 6-S/Z - Ed. Hagnus.
  • BOYER, O.S. - Pequena Enciclopédia Bíblica. - Vida.
  • HARRISON, R.K. - Levítico - Introdução e Comentário - Ed. Mundo Cristão.
  • MACHO, ALEJANDRO DIEZ; BARTINA, SEBASTIÁN - Enciclopédia de la Bíblia - Vol. 6-Q/Z - Ed. Garriga.
  • YOUNG, BRAD H. - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo Plenitude.
  • Vários Teólogos - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo de Genebra.
  • BAGGIO, SANDRO – Material disponibilizado pela internet (pastor do Projeto 242 em São Paulo).
  • JUNIOR, ALBERTO E. REIS - Bacharel em Teologia - STEB 2004.
  • FILHO, MANOEL DO CARMO – Material disponibilizado pela internet (pastor do Abrigo R15 em Manaus).
  • FAGURY, SAMUEL LIMA – Material disponibilizado pela internet (http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1445227&tid=2461663799960137519&start=1).
  • CRUZ, VLADMIR BARBEIRO DA – Material disponibilizado pela internet  (http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=5059818&tid=2477773485699706104 )
  • Textos encontrados em vários sites da Internet.
  • *1 e *2 = Textos de Sandro Baggio e Alberto Reis, com  acréscimos do autor do trabalho.

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Joubert trabalhou no Studio “Santuário Tattoo Clinic” e foi sócio proprietário do Studio “Toast Body Art”, em Belo Horizonte – MG ( http://ubbibr.fotolog.com/toastbodyart/ ).

Estudou Teologia no Seminário Teológico Evangélico do Brasil – STEB, com especialização em Grego pelo Departamento de Línguas Clássicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e esteve pastor na Igreja Batista Nova Aliança, em Nova Lima, Grande BH

Atualmente congrega da Comunidade “Caverna de Adulão”.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Somos realmente diferentes???

Hoje, após um dia cheio de coisas no trabalho, uma aula "do além" e mais um sem fim de detalhes e coisinhas que acontecem com todos nós a cada dia, me sentei diante do computador e comecei a pensar sobre algumas coisas de minha vida...


Hum... São muitas coisas... Coisinhas... Coisonas...


Algumas mais relevantes, outras nem tanto... Mas de uma maneira geral, todas nos perturbam e nos levam a pensar...


Mas o que seria realmente pensar???


Hoje, diante da influência de várias pessoas, fatores e mídia, nos tornamos "bonecos de massa"... Lembra daquela massinha de modelar que, quando eramos jovens, quase matavamos nossos pais para comprar??? Ela mesmo.

O mais engraçado naquelas massinhas é que eram todas de cores diferentes, mas com o passar dos dias ela ia ficando sem graça, sempre as misturavamos e a coisas se transformava numa enorme bola acinzentada e estranha... E era neste momentos que mais brincavamos com ela, pois agora ela era grande... rs

Estamos assim... Uma enorme bola acinzentada e que toma a forma de qualquer coisa.


Não existe mais lugar para questionamentos... As respostas estão prontas;
Não existe lugar para reflexões pessoais... Toda a "verdade" nos foi entregue;
Não existe mais "ser você mesmo"... Nos tornamos todos iguais.


Somos a grande massa cinza... O "up" do momento é ser igual!!!


Roupas iguais, gostos iguais, baladas iguais... Até os que querem ser diferentes são iguais aos "outros" diferentes... Vejamos um pagodeiro e um HC nervosinho:


O pagodeiro gosta de pagode, mas não deixa de ir ao Axé, micaretas e baladas recheadas de "gatinhas"... E brigam entre si pra garantir a maior quantidade de bocas beijadas no fim da noite.
Já o HC nervosinho está sempre nos shows, bicicletadas, verduradas e brigam entre si pra ver quem tem a maior quantidade de piercings e tatuagens style.


Qual a diferença???


NENHUMA...


Nos cercamos de coisas diferentes, mas que não nos levam ao mesmo lugar... Ao NADA.


Ser diferente, deixar de ser da massa não é ser extravagante ou mUderno, mas é ser você mesmo.
E como é dificil sermos nós mesmos...
Ser quem nós realmente somos muitas vezes incomoda as pessoas, e vivemos atrás da aprovação das pessoas, ser você mesmo é até legal, mas você ficando fora dos padrões (mesmo os estranhos) você se senti um "peixe fora d'água".



Hoje eu quero mais ser eu mesmo... Ouvir meu Madball nervoso, tocar Coldplay no vioão, ouvir Almir Satler no sonzin e dormir orando e pedindo a Deus misericórdia e perdão pelos meus muitos pecados.

Preciso ser eu mesmo... Todas as vezes que se lê no texto assim VOCÊ, eu estou falando da minha realidade pessoal, e não me refirindo a alguém em especial.

EU SOU ASSIM... Minha vida é um show de contradições.

Quero agora voltar a ser criança, ter a pureza da criança, a sinceridade dos pequeninos, a dependência do frágil... e brincar com minha massinha de modelar...
... mas ter a certeza que não serei mais parte dela.


Pai, toda minha vida entrego a ti... Minhas convicções, meu caráter, minha apatia, minhas falhas e meu "jeitão". Não quero mais ser massa, mas o barro na mão do oleiro.